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Taxa Ambiental abre crise política em Bonito e acende alerta no turismo

A Taxa de Conservação Ambiental (TCA) provocou um impasse político em Bonito. Cinco vereadores anunciaram oposição à cobrança e classificaram a taxa como um novo imposto, com potencial de afastar turistas e impactar o setor hoteleiro e de serviços durante a alta temporada. O grupo informou que apresentará Projetos de Lei para revogar a medida antes do início da vigência, considerado o único meio legal para impedir a cobrança a tempo. Os parlamentares também solicitaram diálogo prévio entre Executivo e Legislativo.

Conforme o portal Diário MS News, os vereadores Rose da Financeira, Michele Sindicato, André Luiz, Alemão do Som e Professora Ramona compõem o bloco contrário à TCA. Os demais vereadores adotaram postura cautelosa e defenderam ampliar o debate antes de qualquer decisão final. Eles pediram mais informações sobre a destinação dos R$ 15,00 previstos por visitante e sobre os possíveis impactos da taxa no turismo de Bonito.

A legislação estabelece que 80% dos recursos arrecadados devem ser direcionados a ações ambientais, como coleta seletiva, monitoramento de rios e reflorestamento. Os outros 20% devem financiar ações de saúde, incluindo a criação de uma UTI móvel e um seguro obrigatório para visitantes. Críticos questionam a ausência de consulta pública, a falta de estudo de impacto econômico e a necessidade de maior clareza sobre o uso dos recursos.

O trade turístico de Bonito também se mobiliza contra a TCA. Representantes do setor pediram ao Executivo abertura de diálogo sobre possível revogação da taxa. A expectativa é de realização de reuniões com a Secretaria de Turismo do Estado, deputados estaduais e o governador Eduardo Riedel, com objetivo de suspender a cobrança antes de 20 de dezembro.

Fonte: BonitoNET