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O grito urgente da Malha Oeste: de rainha sucateada a futuro sustentável

​A Malha Oeste, outrora um vital corredor de desenvolvimento, tornou-se, como bem retrata a imagem, uma “Rainha da Sucata nos trilhos do descaso”.

Esta poderosa metáfora resume décadas de um modelo de concessão que se revelou falido para o interesse público, mas altamente lucrativo para o capital privado.

​Os documentos apresentados não são apenas denúncias; são um clamor político e social pela reativação urgente de uma infraestrutura estratégica para o país.

​O fracasso do modelo de concessão
​O cenário é claro: o patrimônio público retorna sucateado a cada ciclo.

A ferrovia, que ligava Corumbá (MS) a Mairinque (SP), e ramais cruciais para a Rota Bioceânica, foi relegada ao abandono após a privatização em 1996.

Modelo falido: As empresas lucram, mas as obrigações de investimento e manutenção são sistematicamente ignoradas.

A Malha Oeste está, em grande parte, inoperante e degradada, conforme constatado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

​Fiscalização ineficaz: A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) falhou em garantir a prestação de um serviço adequado, permitindo a degradação da malha. O Estado assiste, enquanto a ferrovia apodrece e o “custo Brasil” logístico se eleva.

Abandono de clientes e comunidades: O trem de passageiros sucumbiu e o transporte de cargas foi abandonado em prol de corredores mais lucrativos, sobrecarregando as rodovias e estrangulando o potencial econômico e social de centenas de cidades.

​A saída: reestatizar, recuperar e modernizar
​Diante do iminente fim do contrato de concessão, o debate sobre a Malha Oeste se intensifica, com foco em uma relicitação. No entanto, a proposta política levantada nas imagens aponta para uma solução mais radical e de longo prazo: a reestatização e gestão pública da ferrovia.

​A recuperação da Malha Oeste é vista como um projeto de desenvolvimento sustentável e visão estratégica:
​Reativação logística: Ligar o Centro-Oeste ao Sudeste, escoando a produção de celulose, minério, carne e grãos, e integrando-se à fundamental Rota Bioceânica que une o Brasil ao Pacífico.

​Desenvolvimento regional: O modal ferroviário traz mais do que carga; traz empregos, renda e desenvolvimento para as cidades do seu entorno, sendo uma política pública fundamental para o avanço regional.

​Padrões internacionais: A exigência de modernização com padrões internacionais garante que a ferrovia seja eficiente e competitiva, pondo fim à lógica de sucateamento e subinvestimento.

O futuro da Malha Oeste está em disputa.

A escolha entre um novo modelo de concessão, com o risco de fragmentação e atendimento apenas aos interesses de grandes corporações, ou uma solução que priorize a responsabilidade pública e o desenvolvimento integrado de toda a região, é uma decisão crucial que definirá o futuro logístico e econômico do Centro-Oeste brasileiro.

ENTIDADES SIGNATÁRIAS:

  • MEMÓRIA PANTANAL – Casa de Cultura
  • IHGMS – Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul
  • ICPJR – Instituto Cultural Pedro José Rufino
  • ⁠Instituto AGWA – Soluções Sustentáveis
  • ⁠SENGE MS – Sindicato dos Engenheiros de Mato Grosso do Sul
  • ⁠MÚTUA MS – Caixa de Assistência dos Profisdionaid do CREA
  • ⁠FNE – Federação Nacional dos Engenheiros
  • ⁠SINDARQ – MS – Sindicato dos Arquitetos de Mato Grosso do Sul
  • ⁠AFAPEDI – Associação dos Ferroviários Aposentados, Pensionistas, Demitidos e Idosos de MS
  • ⁠IFLAC WORLD – International Forum of Literature and Culture of Peace
  • ⁠Cercle Uneversel des Ambassaders de la Paix
  • ⁠Instituto Cultural Gilberto Luiz Alves
  • ⁠AFLAMS – Academia Feminina de Letras e Artes de Mato Grosso do Sul
  • ⁠UBE MS – União Brasileira de Escritores
  • ⁠CONFRARIA Socioartistas
  • ⁠ROTARY CLUBE – Campo Grande
  • ⁠SINDICATO RURAL de Campo Grande, Rochedo e Corguinho
  • ⁠COLETIVO CG de Música
  • ⁠Instituto Cultural do Chamamé
  • ⁠Instituto Morro Azul
  • ⁠PEN Clube do Brasil – União Mundial de Escritores
  • ⁠SINPAF – Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuária – SS Pantanal
  • Instituto Mulher Negra do Pantanal
  • ⁠ABENC – Associação Brasileira de Engenheiros Civis – Seção MS
  • Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de Bauru e Mato Grosso do Sul,
  • Comitê Revitaliza Ferrovia, Reativa Trem do Pantanal, do Cerrado, Ferrobus e Expresso del Oriente
  • Curso Grupo Argos de Teatro
  • Sociedade-Árabe-Palestino-Brasileira em Corumbá
  • Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Corumbá SIMTED
  • Observatório da Cidadania Dom José Alves da Costa
  • ADUFMS
  • SINASEFE
  • SINPAF/PANTANAL
  • ⁠Comunidade de Porto Esperança
  • ⁠Comunidade de Albuquerque
  • ⁠Comunidade de Agachi
  • ⁠Comunidade de Taunay
  • ⁠Grupo ACABA – Canta-Dores do Pantanal
  • ⁠Associação dos moradores da Comunidade Antônio Maria Coelho/Corumbá,
  • Associação do Assentamento Mato Grande/ Corumbá,
  • Associação do Assentamento São Gabriel/ Corumbá,
  • Associação Feminina do Assentamento São Gabriel/ Corumbá.
  • ⁠Casa de Cultura Edno Machado – Distrito de Panambi.

Fonte: Moacir Lacerda