Mãe conseguiu arrombar porta para salvar filha das agressões; menina apresentava hematomas no rosto, ombros e costas
Uma menina de 4 anos foi brutalmente agredida pelo padrasto na noite desta quarta-feira (23/07), em Campo Grande (MS). O homem, de identidade ainda não divulgada, trancou a criança em um quarto da residência e desferiu socos e chutes que resultaram em lesões visíveis no rosto, nas costas e nos ombros da menina. A mãe precisou arrombar a porta do cômodo para resgatar a filha e cessar os ataques. Após o ocorrido, o suspeito fugiu e ainda não foi localizado.
Segundo informações da mãe, a filha costumava ficar sob os cuidados do padrasto no período noturno, enquanto ela trabalhava. A mulher relatou que já havia repreendido o companheiro anteriormente por agressões físicas, como tapas, sempre sob o argumento de que a criança estaria “mentindo”. Preocupada, ela também costumava conversar com a filha para verificar se havia qualquer sinal de abuso.
Na noite de ontem quando ocorreu o crime, o homem teria se irritado novamente com a menina e iniciou as agressões, focando principalmente o rosto — em especial o olho esquerdo, que ficou bastante inchado — e as costas da criança. A mãe relatou que tentou intervir, mas teve a entrada impedida ao quarto. Após arrombar a porta, conseguiu retirar a filha dos braços do agressor.
Ainda de acordo com o depoimento da mulher à equipe médica, o suspeito relutou em permitir que ela levasse a criança até uma unidade de saúde, mas acabou cedendo. No entanto, assim que chegaram ao local, o homem aproveitou a movimentação e fugiu antes da chegada da polícia.
A criança recebeu atendimento médico e foi submetida a exames. As lesões foram constatadas pela equipe da unidade de saúde, que comunicou a Polícia Civil. Um boletim de ocorrência foi registrado e as investigações seguem em andamento.
O caso é tratado como lesão corporal dolosa qualificada, com agravantes por se tratar de vítima menor de idade. O Conselho Tutelar acompanha o caso, e a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) atua na apuração dos fatos.
O agressor segue foragido. Informações sobre o paradeiro do suspeito podem ser repassadas de forma anônima ao telefone 181, do Disque-Denúncia.
Fonte: Folha de Campo Grande

