Se a Transpantaneira do Norte termina em Porto Jofre com suas onças-pintadas e rios repletos de vida, a Transpantaneira do Sul oferece um espetáculo tão impressionante quanto — talvez ainda mais belo e autêntico.

Esse trajeto selvagem e encantador parte de Aquidauana, no coração do estado, e segue por estradas de terra batida, campos alagados, fazendas centenárias e santuários ecológicos até alcançar a imponente cidade histórica de Corumbá, às margens do Rio Paraguai.
Um safári pantaneiro de tirar o fôlego
Ao longo do percurso, o viajante atravessa regiões icônicas como a Nhecolândia, considerada uma das mais belas e biodiversidade sub-regiões do Pantanal.

Ali, a paisagem alterna entre banhados cristalinos, vazantes misteriosas como a do Castelo, lagoas esverdeadas e cordilheiras secas que servem de palco para jacarés tomando sol, jaburus em vôo majestoso, veados campeiros cruzando a estrada, cervos-do-pantanal em meio à vegetação, e — para os mais sortudos — onças-pintadas em seu ambiente natural..
Ecoturismo e economia sustentável
Assim como ocorre na Transpantaneira de Poconé, aqui também a fauna é o maior patrimônio. Animais que antes eram vistos como ameaça, como a onça-pintada, hoje são protagonistas de uma nova economia baseada no ecoturismo.

Pousadas pantaneiras, fazendas adaptadas, guias experientes e passeios de barco, cavalo e até safáris fotográficos de caminhonete movimentam a economia local com sustentabilidade e respeito à natureza.
Essa valorização da vida selvagem incentiva a preservação dos habitats nativos, das matas ciliares aos campos de vazante, garantindo não apenas renda, mas também identidade cultural e ambiental para a região.

Quando ir e como se preparar
A melhor época para encarar a Transpantaneira do Sul é na estação seca, entre junho e outubro. Com menos chuvas, os animais se concentram ao redor das fontes d’água e a estrada está mais transitável.
Já nos meses chuvosos (de novembro a março), o Pantanal se transforma: a paisagem fica exuberante, espelhos d’água cobrem campos inteiros, mas o trajeto pode exigir um veículo 4×4 e espírito aventureiro.

Dicas importantes
- Saia de Aquidauana abastecido: postos de combustível são raros.
- Leve água, lanches e repelente.
- Respeite a velocidade da estrada e a fauna.
- Nunca se aproxime dos animais.
- As pousadas rústicas e familiares ao longo do caminho oferecem hospedagem e passeios inesquecíveis.

O grand finale: Corumbá
A chegada à histórica Corumbá, com seu casario colonial, o imenso Rio Paraguai e o pôr do sol avermelhado, é o desfecho perfeito desse safári sul-mato-grossense.

A cidade, que respira cultura e natureza, conecta o viajante com a fronteira boliviana, o Pantanal do Alto Paraguai e as tradições mais antigas do estado.
E é nesse percurso mágico, entre as águas, o barro, a fauna e a esperança de um futuro sustentável, que você entenderá por que se diz com orgulho:
“Aquidauana, o mais belo dos Pantanais”.
Rosa Vasconcelos e Gentil Vasconcelos,Planews
Informações: Google

