A Senadora Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura, é madrinha política de Riedel desde 2012 quando ele disputou a presidência da Famasul
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, confirmou à senadora Tereza Cristina (PP-MS) sua decisão de deixar o PSDB para ingressar no Progressistas (PP), fortalecendo uma coalizão conservadora no estado. Embora a mudança já esteja acertada nos bastidores, o anúncio oficial da filiação deverá ocorrer somente dentro de alguns dias, conforme fontes próximas ao governador.
Tereza Cristina, ex-ministra da Agricultura e madrinha política de Riedel desde os tempos em que ele disputou a presidência da Famasul (2012), foi uma das principais articuladoras da movimentação. A senadora já vinha dando suporte ao governador regionalmente desde 2018, quando o incentivou a assumir protagonismo na política estadual.

Patrocínio de Tereza Cristina
A senadora que selou o acordo político, embora a filiação pública ainda esteja por ser oficializada, destacou que a chegada de Riedel ao PP representa o fortalecimento de um projeto político estratégico para Mato Grosso do Sul, especialmente em áreas como agronegócio, infraestrutura e gestão regional.
Convite de Kassab e disputa interna
Antes de optar pelo Progressistas, Riedel foi cortejado por outras legendas, entre elas o PSD, por meio de convite feito diretamente pelo presidente nacional do partido, Gilberto Kassab. Apesar da aproximação, o governador optou por seguir com o PP, influenciado principalmente pela aliança já consolidada com Tereza Cristina e pela perspectiva de uma estrutura partidária mais alinhada ao seu perfil político e à sua base no agronegócio.
Saída de pesados do PSDB
Riedel se junta a outros nomes de peso que deixaram o PSDB recentemente, como os ex-governadores Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), ambos em busca de espaço em novas frentes do campo conservador. A debandada contribui para o enfraquecimento do PSDB tanto no cenário nacional quanto em Mato Grosso do Sul, onde a legenda perde uma de suas principais lideranças. Com isso, o partido terá de se reestruturar localmente a partir de nomes remanescentes e novas alianças.
Discurso de Riedel
“O Ministério de Tereza foi crucial para meu crescimento político”, afirmou Riedel ao comentar sua decisão. “No PP, poderemos ampliar serviços ao MS com mais agilidade.” Ele enfatizou que a mudança partidária busca consolidar “alianças sólidas para investir em infraestrutura e no setor agropecuário, pilares do desenvolvimento do nosso estado.”
Repercussão e 2026 no radar
Analistas políticos avaliam que a entrada de Riedel no PP amplia sua base de apoio para as eleições de 2026, quando ele deve concorrer à reeleição ao governo de Mato Grosso do Sul. A movimentação fortalece o campo conservador e sinaliza uma aliança robusta com o governo federal. Em entrevista recente, Tereza Cristina declarou que “essa união reforça projetos estratégicos para o estado” e apontou que o PP deve buscar expandir sua representação em prefeituras e na Assembleia Legislativa.
PSDB em xeque
A saída de Riedel, somada às de Leite e Lyra, impõe um novo desafio ao PSDB, que enfrenta um processo de fragmentação e perda de identidade política. Em Mato Grosso do Sul, a legenda agora depende da reorganização de suas bases locais para tentar manter relevância no cenário eleitoral.
Fonte: Folha de Campo Grande