O recente episódio envolvendo a Comissão Provisória do AVANTE no município expôs, de forma evidente, a fragilidade e a total falta de preparo da sua liderança local.
O partido tinha uma oportunidade real de conquistar espaço na Câmara Municipal e consolidar sua presença no cenário político, mas, por pura desatenção, cometeu um erro básico que inviabilizou sua própria investida judicial.
O cerne do problema foi a inabilidade em gerenciar o prazo de validade da Comissão Provisória – uma falha elementar que, isoladamente, já seria suficiente para comprometer qualquer estratégia eleitoral.
O desfecho?
O AVANTE perdeu completamente o momento adequado para corrigir a irregularidade e, quando finalmente tentou recorrer à Justiça, já era tarde demais. O Tribunal Eleitoral apontou o erro e extinguiu a ação antes mesmo de analisar seu conteúdo, devido à ilegitimidade processual.
Esse deslize abriu caminho para que os vereadores do PSDB, que poderiam ser cassados, escapassem sem dificuldades.
O episódio escancara a falta de liderança dentro do partido no município. Um candidato a vereador do AVANTE resumiu o sentimento interno: “Nosso candidato a prefeito não tem experiência.” Uma constatação difícil de contestar.
Qualquer candidato a prefeito deve, no mínimo, dominar as regras essenciais do processo eleitoral e contar com uma equipe qualificada para evitar erros administrativos. No entanto, o que se viu foi uma postura amadora e descuidada.
A política não tolera falhas. Enquanto o AVANTE tropeçava em sua própria desorganização, o PSDB aproveitava a fragilidade do adversário.
Se um partido não consegue gerenciar nem a validade de sua comissão provisória, como pode estar pronto para administrar uma cidade?
A resposta, infelizmente, é bastante evidente.
Texto : Da Redação
Informações : Investiga MS