A Polícia Civil, através da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), investiga o caso envolvendo o professor de uma Emei (Escola de Educação Infantil) de Campo Grande acusado de estuprar uma criança de 6 anos, no banheiro da unidade escolar.
O caso aconteceu na última quarta-feira (6). De acordo com o pai da vítima, que não quer ser identificado, no dia do ocorrido a criança apresentou uma apatia incomum. Ao tentar entender o que havia acontecido, a menina disse que o professor tocou em suas partes íntimas e pediu que ela fizesse o mesmo com ele.
“Ele levou minha filha ao banheiro, dizendo que precisava ver se ela tinha machucado as partes íntimas. Ela disse que não tinha caído e que não deveria ir ao banheiro com um homem, como eu e a mãe dela ensinamos, mas o professor insistiu e, como ela queria fazer xixi, ela foi”, explicou o pai à equipe de reportagem do Jornal Midiamax.
Ainda conforme o relato do pai, a criança disse que, no banheiro, o professor começou a tocá-la nas partes íntimas e, então, tirou sua calça. Assustada, a vítima pediu para sair do local, momento em que o professor a liberou.
“Estamos sem chão e não tivemos nenhum apoio”
À reportagem do Midiamax, o pai da vítima informou que toda a família está arrasada com a situação. “Eu e minha esposa, desde o ocorrido, não comemos, não dormimos… Estamos sem chão. E o que complica ainda mais a situação é que não tivemos nenhum apoio da escola. Tanto a diretora, quanto a psicopedagoga só pensaram na própria reputação – e disseram isso pra nós. Diversas vezes, o discurso foi ‘pensem bem no que vocês vão fazer com a nossa reputação’, sem qualquer preocupação com o bem-estar das crianças que estudam no local”, explicou.
Ele ainda relatou que, ao registrar o boletim de ocorrência, foi informado que aquela não era a primeira denúncia contra o professor. “Outras pessoas já tinham denunciado as condutas inapropriadas dele, de acordo com o próprio policial. Eu só quero Justiça para a minha família. São mais de 400 crianças na escola e não é possível que os superiores só pensem na própria reputação”, disse.
O pai também informou que suspeita que a omissão seja por motivos políticos. “Nos próximos dias haverá eleição para o corpo diretivo da escola. Não posso afirmar que é isso que motiva a omissão, mas é muito estranho que todos os envolvidos tenham medo de tomar uma atitude contra esse caso no momento”, enfatizou à reportagem.
Por conta da violência sexual, agora a criança está passando por acompanhamento psicológico.
O Jornal Midiamax entrou em contato com a Semed (Secretaria Municipal de Educação) para obter um posicionamento sobre o caso, entretanto, até o fechamento dessa matéria, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações.