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Sobe para 1.537 número de cabeças de gado mortos pelo frio em MS

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Iagro) investiga a causa da morte de outras 219 cabeças de gado no estado. A maior concentração de animais mortos é registrada no Pantanal.

Por Rafaela Moreira e Rodrigo Freitas, g1 MS — Mato Grosso do Sul

18/06/2023 17h16  Atualizado há 16 horas


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1.537 cabeças de gado morreram pelo frio em MS

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Iagro) confirmou que subiu para 1.537 o número de cabeças de gado que morreram de frio em Mato Grosso do Sul, desde quarta-feira (14). O governo investiga a causa da morte de outras 219 cabeças no estado. Assista ao vídeo acima.

Ao g1, o vice-presidente da entidade disse que subiu para 1.537 o número de cabeças de gado que morreram por conta de uma onda de frio que atingiu Mato Grosso do Sul. A maior concentração de animais mortos é registrada no Pantanal. O prejuízo deve passar dos R$ 3 milhões aos produtores rurais.

Neste sábado (17), a Iagro foi notificada sobre a morte de outras 33 cabeças de gado em uma fazenda em Caarapó (MS), a 237 quilômetros de Campo Grande. O mesmo aconteceu em uma propriedade de Corumbá, que notificou a morte de outras 186 cabeças de gado. Equipes da instituição estiveram nas propriedades e realizaram exames para confirmar se a causa das mortes seria por hipotermia.

Caso seja confirmada, o número de animais de diversas fases de vida, de bezerros a fêmeas, e bois adultos, mortos pelo frio no estado deve passar de 1.750.

Bezerros morrem de frio em fazenda no Pantanal de MS — Foto: Jarderson Moreira

Bezerros morrem de frio em fazenda no Pantanal de MS — Foto: Jarderson Moreira

Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que na madrugada deste domingo (18), a cidade de Maracaju registrou mínima de 4,8°C, sendo a mais baixa do estado.

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O diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, explica que o gado é mais adaptável ao clima quente e a queda brusca de temperatura deixa os animais mais expostos. Ingold afirma que o número de animais mortos em Mato Grosso do Sul pode ser maior.

“O que aconteceu agora é uma inversão. Os animais que estão com o corpo quente estiveram expostos a uma temperatura muito baixa. Com umidade elevada, vento e frio, fica mais difícil dos animais resistirem”, explica Ingold.

Gados não resistiram ao frio no Pantanal de Mato Grosso do Sul. — Foto: Divulgação/Iagro

Gados não resistiram ao frio no Pantanal de Mato Grosso do Sul. — Foto: Divulgação/Iagro

Daniel Ingold comenta que a maior parte das mortes ocorreu em locais com escassez de pasto e ausência de abrigos naturais ou até mesmo artificiais. O agravamento da hipotermia no gado também pode estar relacionado a baixo estado nutricional dos animais e pouca disponibilidade de pastos, como detalha Ingold.

“A hipotermia no gado segue a mesma explicação da hipotermia nos humanos. Os animais ficam expostos a baixas temperaturas e acabam morrendo”, complementa o especialista.

O especialista faz o alerta: “de jeito nenhum os animais mortos devem ser comercializados. O animal tem que ser cremado ou enterrado“.