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MS: 1,8 mil câmeras irão monitorar 298 escolas e cada município terá unidade de supervisão

Objetivo é vigiar instituições de ensino para evitar roubos, ataques, invasões, conflitos e assassinatos

Das 348 escolas estaduais espalhadas pelos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 298 serão monitoradas por 1.800 câmeras de segurança até o fim deste mês.

Por enquanto, 50 escolas, de áreas rurais e indígenas, não serão contempladas.

Até o momento, 1.258 câmeras estão instaladas em 255 escolas da Rede Estadual de Ensino (REE). Ou seja, 542 câmeras ainda serão implantadas em 43 escolas estaduais até o fim de abril.

Com isso, 85% das escolas estaduais serão monitoras 24 horas por dia e sete dias por semana.

O objetivo é vigiar estabelecimentos escolares para evitar roubos, ataques, invasões, conflitos e assassinatos, além de proteger alunos e profissionais da educação. A empresa responsável em fazer a supervisão é o Centro Operações de Segurança Integrado (Cosi).

De acordo com o gerente do COSI, Vicente Lopes, existem de duas a oito câmeras em cada escola, instaladas no pátio, corredores e outros pontos estratégicos da instituição de ensino. Não há câmeras dentro das salas de aula para evitar exposição de alunos. 

Cada estabelecimento de ensino tem o “botão do pânico”, que deve ser acionado em casos de emergência, ataques ou conflito. O dispositivo é digital e deve ser acionado por meio de um aplicativo baixado no celular.

Quando acionado, uma equipe especializada do COSI é enviada para o local, e, se necessário, viaturas da Polícia Militar (PMMS), Guarda Civil Metropolitana (GCM), Corpo de Bombeiros (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) também serão empenhadas para atender a ocorrência.

O “botão do pânico” pode ser acionado por servidores cadastros e o tempo de resposta, até a chegada das forças de segurança e salvamento, é de 6 a 10 minutos.

Bases do COSI estão instaladas em Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, e, nos demais municípios, existem unidades parceiras da empresa de tecnologia, que são responsáveis por realizar a supervisão e monitoramento de escolas.

A central do COSI, instalada em Campo Grande, conta com 10 telões que captam imagens de escolas estaduais em tempo real e mapa do Google Maps endereçando aonde encontra-se cada escola. É possível visualizar em Campo Grande imagens em tempo real de uma escola em Três Lagoas. 

De acordo com o secretário de Estado de Educação, Hélio Daher, o videomonitoramento faz a segurança das escolas, com equipes de intervenção rápida e núcleo de inteligência. 

“Nossa rapidez em agir, temos o botão do pânico que vai acionar, e daí a equipe chega, polícia é acionada, bombeiro é acionado justamente para que possamos fazer essa cobertura da escola em todos os sentidos. A ideia é garantir esse espaço em segurança”, pontuou. 

O serviço foi contratado pelo governo de Mato Grosso do Sul e o valor do investimento é de R$ 17 milhões (primeiro contrato) e R$ 15 milhões (segundo contrato).

De acordo com o gerente do COSI, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) procurou a empresa de tecnologia e também está interessada em implantar o videomonitoramente em 99 escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme). 

Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ativou, nesta quinta-feira (13), o Gabinete de Crise no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). O objetivo é monitorar e atender ocorrências ou ameaças envolvendo escolas públicas ou particulares, de forma rápida e ágil.

ATAQUES E ASSASSINATOS

Em 30 de março de 2023, estudante de 16 anos foi esfaqueada na Escola Estadual João Leite de Barros, em Corumbá, município localizado a 416 quilômetros de Campo Grande.

O corte foi no braço e a adolescente teve de levar seis pontos. Ela foi atacada foi outra aluna, que estuda na mesma sala.

Em 5 de abril deste ano, homem de 25 anos invadiu a creche Bom Pastor, em Blumenau (Santa Catarina) e matou quatro crianças a facadas e deixou outras cinco feridas.

Após o crime, o autor se entregou no 10º Batalhão da Polícia Militar, onde foi preso e encaminhado para a Polícia Civil.

Em 27 de março de 2023, um adolescente de 13 anos esfaqueou quatro professores e dois alunos na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona sul de São Paulo. A professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu.