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Família aquidauanense não deixa tradição paraguaia morrer

Na Quinta-Feira Santa, a matriarca da família Vargas, dona Blanca e suas filhas, preparam sopa paraguaia tradicional, chipa tradicional e uma versão recheada com carne, sendo todos os pratos feitos no forno de barro, conhecido no Paraguai como ” tatakua”.

Famílias são feitas de tradições. Na casa dos Vargas, não poderia ser diferente. Nesta Quinta-Feira Santa, comemorando com a tradicional cultura paraguaia, Blanca Lila Vargas, de 83 anos, reúne suas filhas, Miriam Estela Vargas Maciel dos Santos, Rosa Beatriz Vargas de Vasconcelos, Maria Dolores Vargas da Silveira e Blanca Lígia Vargas Mangeló, em Aquidauana, para preparar as tradicionais comidas típicas paraguaia, sendo todos os pratos feitos no forno de barro.

Maria Dolores, carinhosamente conhecida como “Lola”, disse que o costume foi repassado pela matriarca. “Essa é uma tradição paraguaia, fazer a sopa e a chipa no forno de barro, na Quinta-Feira Santa.

Ainda conforme Lola, a tradição não foi esquecida em nenhum ano. “Essa é uma tradição paraguaia que deve continuar. Mesmo morando no Brasil há mais de cinquenta anos, nossa matriarca faz questão de envolver toda família nesse momento, pois isso fortalece os laços familiares, nos traz muita alegria e os mais jovens vão aprendendo a importância de preservar as tradições. Por exemplo, na Semana Santa, que é essa pela qual estamos passando, as crianças ganham as palomitas, que é uma chipa em forma de pomba”, disse.

No final da tarde da quinta-feira santa, toda a família é convidada para apreciar as chipas e sopa paraguaia acompanhado pelo “cocido”, um chá queimado com erva mate e açúcar. Também é costume mandar chipas de presente para outras famílias paraguaias.

Texto: O Pantaneiro

Fotos: Rosa Vasconcelos