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Aposentados devem receber auxílio saúde de R$ 300

Após pressão dos aposentados, deputados estaduais se reuniram na manhã desta quarta-feira (27) para anunciar que o governador Eduardo Riedel (PSDB) estendeu a proposta inicial de auxílio médico, que contemplava apenas quem ganha até R$ 3 mil, para quem ganha até R$ 7.621,00, teto do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). O projeto deve ser votado na próxima semana e será pago, de forma retroativa, a partir de abril.

Rodrigo Perez, secretário de Governo e Gestão Estratégica, disse que o benefício vai atender 11 mil servidores inativos. Ele também pediu celeridade para que os deputados votem na proposta, e, assim, seja liberado o valor o quanto antes.

Já o secretário estadual de Administração, Frederico Fellini, ressaltou a sensibilidade do governo com a pauta e a cautela que a gestão teve até conseguir atingir o objetivo, que, segundo ele, é mitigar a classe dos aposentados. “O estudo do orçamento chegou ao teto do INSS. Isso gera um impacto de R$ 3,2 milhões por mês”. disse.

Ele esclarece que até junho vai ser apresentado o projeto da previdência, que corresponde à questão da alíquota dos 14%. Um outro pedido dos aposentados desde 2023.

“Isso é uma situação nacional e já atingiu vários estados com contas feridas e sociedade prejudicada. Esse novo projeto de lei vai ter que passar por estudo e depois pelo conselho da Ageprev (Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul) para depois criar a proposta. A meta é não aumentar a alíquota”.

Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) sugeriu a criação de comissão para discutir essa alíquota, o que foi acatado pela Mesa Diretora. Os nomes do grupo de parlamentares que farão a articulação da matéria que tem que ser votada e aprovada até junho deste ano serão divulgados na próxima terça-feira (2).

A aposentada Auxiliadora Darc Barbosa, de 67 anos, disse que o projeto ainda não está do jeito que eles gostariam e que a medida é paliativa. “É um abono disfarçado, mas que abriram uma discussão após nossas vindas e cobranças dos deputados, desde o ano passado. Vai passar a Semana Santa e vamos voltar. Não vamos largar um minuto sequer a luta. Agora queríamos a isenção [da alíquota] para quem tem comorbidades e que os contratados para o serviço público façam o pagamento a Ageprev não ao INSS”.

Ela também comenta que os aposentados querem que o governo utilize os 140 imóveis confiscados durante a CPI da Ageprev e destinem o valor para diminuir a dívida previdenciária. “Esperamos que eles se convençam, senão vamos tomar outra providência e ir para Brasília.”

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS